sexta-feira, maio 06, 2016

Giro Saúde: Pernambuco já registra 68 casos de H1N1 / Crianças com microcefalia terá prioridade em fila de benefício

Imagem de homem com máscara e mão espalmada (Foto: Diego Nigro / JC Imagem)

Estado registrou 373 casos de síndrome respiratória aguda grave, com 32 casos provocados pelo H1N1. Sete mortes pelo vírus foram confirmadas até o momento (Foto ilustrativa: Diego Nigro / JC Imagem)

Pernambuco registrou até 30 de abril 373 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com 32 casos provocados pelo vírus da influenza A (H1N1). Dessas notificações, o Estado registrou 24 casos de SRAG com evolução para óbito. Do número de mortes, sete foram confirmadas com diagnóstico de influenza A H1N1 (4 no Recife, 1 em Olinda, 1 em Caruaru, no Agreste pernambucano, e 1 em Palmares, na Zona da Mata Sul) e cinco por SRAG não especificada. Já para a síndrome gripal (SG), foram registrados, no mesmo período, 36 casos positivos para H1N1, o que totaliza 68 casos da doença já confirmados no Estado.

Os dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira (6) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), dentro da Semana 17 para o Informe sobre influenza. Os óbitos sem causa identificada estão em investigação pela SES. As mortes podem ter sido provocados por diversos vírus, como adenovírus, vírus sincicial respiratório, influenza (A H1N1, AH3 Sazonal, B e vários outros subtipos), parainfluenza (1, 2 e 3), e diversas bactérias, além de outros agentes etiológicos, como fungos.
Entenda a classificação
A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância obrigatória em todos os municípios da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG – casos com agravamento que precisam de internação) e pela vigilância sentinela (amostragem) de Síndrome Gripal (SG – casos leves, analisados para diagnosticar os vírus em circulação no Estado).
No mesmo período de 2015, foram notificados em Pernambuco 388 casos de SRAG. Não houve confirmação para influenza. Destes, 16 casos evoluíram para óbito, sem confirmação de influenza A H1N1. Já para a síndrome gripal, no mesmo período de 2015, a SES não confirmou nenhum caso por influenza A H1N1.
Vacinação contra influenza
Até a manhã desta sexta-feira (6), foram vacinados 1.077.160 de pernambucanos contra a influenza. O quantitativo é de 51,39% do público total, formado por 2.095.962 de pessoas. A campanha nacional segue até 20 de maio. A expectativa é vacinar, no mínimo, 80% do público total.
Até o momento, o Ministério da Saúde (MS) encaminhou ao Estado 1.939.980 doses da vacina. Desse total, 538 mil começaram a ser distribuídas na manhã desta sexta para as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), que fazem a distribuição para os municípios. A expectativa é que o Ministério da Saúde encaminhe as doses restantes até o final da primeira quinzena deste mês de maio.

Criança com microcefalia terá prioridade em fila de benefício

A medida pretende reduzir a longa espera de famílias de baixa renda, que teriam direito ao auxílio, no valor de 1 salário mínimo mensal (R$ 880)

O BPC é concedido para pessoas com deficiências de qualquer idade / Foto: Diego Nigro/JC Imagem
O BPC é concedido para pessoas com deficiências de qualquer idade
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Estadão Conteúdo

Crianças com microcefalia terão atendimento prioritário nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para análise da concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida, prevista em portaria interministerial que deverá ser publicada nos próximos dias, pretende reduzir a longa espera de famílias de baixa renda, que teriam direito ao auxílio, no valor de 1 salário mínimo mensal (R$ 880).


Somente nos primeiros três meses de 2016, havia no INSS pelo menos 2 mil pedidos de concessão do auxílio para menores de um ano - número muito acima da média. Técnicos do INSS atribuem o aumento da demanda justamente ao crescimento de casos de bebês com microcefalia no País.


O número de concessão de benefícios ainda é pequeno, diante das estatísticas de nascimentos de bebês com suspeita da má-formação Em janeiro, foram concedidos 24 pedidos; em fevereiro foram 38; março e abril tiveram números mais expressivos: 171 e 186. 
Embora o crescimento tenha ocorrido, o governo admite que ele está muito abaixo da demanda. "O atendimento será feito prioritariamente para crianças que já tiveram o diagnóstico de microcefalia e que tenham um termo circunstanciado pronto", afirmou ao Estado a diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais do Ministério do Desenvolvimento Social, Maria José de Freitas.

O termo circunstanciado é um documento criado há poucos meses, em uma reação ao aumento de casos de bebês com microcefalia. O termo será usado como um documento que facilita a análise dos peritos do INSS para fazer a concessão do benefício.

O BPC é concedido para pessoas com deficiências de qualquer idade. É preciso, no entanto, que o beneficiário pertença a famílias cuja renda per capita não seja superior a um quarto de salário mínimo (R$ 220). Além de pessoas com deficiências - em que a microcefalia pode ser incluída -, o benefício é dado a idosos que não contribuíram para a Previdência Social. A cada dois anos, o beneficiário tem de passar por nova perícia.

No caso da microcefalia, a concessão tem de ser precedida por laudo médico e por perícia, que vai comprovar que a criança é impossibilitada de fazer uma série de atividades. O termo circunstanciado traz todas essas respostas.

Diagnóstico
Essa é a segunda medida adotada para tentar imprimir um ritmo melhor na concessão de benefícios para bebês com microcefalia. A primeira medida realizada foi tentar apressar a confirmação do diagnóstico da síndrome. Mesmo assim, das 7.343 famílias com bebês que nasceram com suspeita da má-formação, 3.580 (48%) seguem sem resposta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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